terça-feira, 27 de setembro de 2011

Aprendamos a rejeitar todo sentimento de vingança

São Lucas, no Evangelho de hoje, traz-nos o firme e voluntário propósito de Jesus em se dirigir ao centro do Judaísmo – Jerusalém – para ali fazer Seu anúncio libertador, em um confronto direto com o estado teocrático judaico.

Jesus sabia que com tal decisão colocaria em risco a própria vida, pois, conforme nos descreve Lucas, “estava chegando o tempo de Jesus ir para o céu”.

O evangelista faz como que uma preparação da narrativa da Ascensão, que será feita nos Atos dos Apóstolos. Ao atravessarem a Samaria, os discípulos, enviados a um povoado para preparar hospedagem, devem ter cometido um equívoco. Com sua visão triunfalista tradicional devem ter falado de um Jesus glorioso, restaurador de Israel, o que suscitou a rejeição dos moradores, que eram discriminados pelos judeus. E, ainda, com espírito vingativo, estes discípulos queriam um fogo do céu para destruí-los. Veja o que dizem: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?”

Quantas vezes você e eu não pensamos em nos vingar daqueles que nos fazem mal, nos odeiam, caluniam, insultam ou contrariam? Quando o espírito de vingança vier bater à sua porta, lembre-se da atitude do Senhor diante da inquietação dos discípulos: “Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. E partiram para outro povoado”. Portanto, com um simples gesto, Jesus repreende-lhes essa sua ideologia.

Muitas vezes, julgamos que o problema está nos outros. Quando, afinal – e não poucas vezes – está em nós como também não estava nos samaritanos, mas na cegueira dos discípulos enviados. Os nossos olhos, em muitas ocasiões, ficam “impedidos de ver” e olhamos as falhas dos outros e então os censuramos e excluímos. O próprio Lucas, na parábola do samaritano e, depois, João, em seu Evangelho, destacam a acolhida dos samaritanos a Jesus.

Peçamos a graça de ver nossas limitações, nossas cegueiras e erros para podermos – com compaixão, misericórdia e perdão – acolher aos nossos irmãos e irmãs. E, assim, não aconteça que “fechemos as portas” a Jesus como fizeram os samaritanos.


PADRE BENTU MENDONÇA

Qual a importância de ser coroinha?

Não é uma escolha pessoal apenas. É uma proposta de Deus que o chama através de sua comunidade.

SER COROINHA NÃO É UM PRIVILÉGIO.
É UM SERVIÇO... UM MINISTÉRIO!!!

Veja algumas atitudes que são necessárias ao coroinha:
- Espírito de disponibilidade: estar pronto para ajudar.
- Espírito sensível: estar atento às necessidades.
- Espírito de equipe: ninguém constrói nada sozinho, muito menos a Igreja e o Reino de Deus. Portanto, no grupo de coroinhas não deve haver competição, mas ajuda, companheirismo e amizade.
- Espírito de fé: a celebração eucarística é o momento mais forte da vida da comunidade. É ali que todos celebram suas vidas, suas lutas pela justiça e a fraternidade. Por isso, o coroinha não está no altar como se estivesse fazendo um teatro. Ele está ali para ajudar a comunidade a rezar. Assim, deve participar da celebração com atenção e piedade.

Compromisso com Deus

Se comprometer-se significa obrigar-se por vontade própria a realizar uma promessa feita em grupo, o compromisso diz mais respeito à atitude que cada um dos membros do grupo assume para realizar (concretizar) o que se propuseram fazer em conjunto. O compromisso empenha as pessoas por elas próprias, isto é, obriga-as livremente a cumprirem o que prometeram. Neste sentido, o compromisso assumido na liberdade dos filhos de Deus exige responsabilidade. Enquanto o homem tiver vida, o compromisso nunca acaba, porque quando se atinge uma meta abre-se imediatamente outra; a nossa vida enquanto peregrinos por esta terra é um contínuo comprometer-se até vermos Deus face a face.

O cristão é o discípulo de Cristo pelo batismo. Todos nós pelo batismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus; tornamo-nos de Cristo, ungidos do Espírito Santo, constituindo-nos templos espirituais; somos incorporados na Igreja e feitos participantes da missão de Cristo e da Igreja: "anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação aos cativos, aos cegos o recobrar da vida, para mandar em liberdade os oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor". Cristão é aquele que com o exemplo da sua vida do dia a dia mostra ser uma "carta de Cristo enviada aos homens", porque o Espírito de Cristo actua em si e fá-lo viver de acordo e iluminado pela Sua vontade. Por outras palavras: leva uma vida inspirada pelo Evangelho de Jesus Cristo.

Numa palavra, o cristão é chamado a participar dos destinos da própria nação com o Evangelho na mão e a caridade (solidariedade) no coração para que, num serviço humilde e desinteressado, numa atitude compreensiva e profética, o amor de Deus chegue a cada homem.

Então assuma suas responsabildades com seu Irmão quando vc assumir um compromisso, lembre se que você não estará falhando com homens mais sim com DEUS