quarta-feira, 6 de outubro de 2010

OUTUBRO- MÊS DO ROSÁRIO



Por que chamam ao mês de Outubro o mês do Rosário?




No século XVI, foi travada a célebre batalha de Lepanto, quando os cristãos expulsaram os turcos de Chipre e Veneza, bloqueando a invasão otomana prestes a ocorrer na Europa . Como a Europa cristã apelou para o Santo Rosário pedindo auxílio para seus combatentes, foi escolhido o dia 07 de outubro, pelo Papa São Pio para celebrar a festa do Rosário.

A reza do Rosário sofreu alteração em 2002 ,quando o papa João Paulo II incluiu mais um grupo de cinco mistérios no rosário, chamados Mistérios da Luz .

ORIGEM DO ROSÁRIO
Rosário significa coroa de rosas. A Igreja antiga pedia que os fiéis recitassem os cento e cinquenta salmos de David. Mas, para recitar os salmos, era preciso saber hebraico, grego ou latim. Aqueles que não sabiam ler ou não tinham tempo para essa oração substituiram os 150 salmos por 150 Avé-Marias, separadas em 15 séries de dez, ou dezenas. S. Domingos, que morreu em 1221, popularizou essa devoção com o formato atual.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ONDE A VIRGEM MARIA LEVA OS QUE A ELA SE CONSAGRAM?

Para responder a esta pergunta é preciso, antes, responder a outra: onde e em que situação Jesus nos deu Sua mãe como nossa mãe?

O Evangelho de João nos responde:“junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo. Eis aí tua mãe’. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa”. (Jo 19, 25 - 27) Jesus nos deu Sua mãe junto à cruz, debaixo da cruz e enquanto o seu sangue estava escorrendo sobre a terra.

A Virgem Maria, como mulher cheia do Espírito Santo e de sabedoria, sabe muito bem o que deve fazer com os filhos que a ela se consagram.

Ela “reflete”: “onde foi mesmo que meu filho Jesus me entregou como mãe de todos os homens? Por que será que ele não me entregou nas Bodas de Caná, onde eu consegui que antecipasse seu tempo e fizesse o primeiro milagre?Por que ele não me entregou, como mãe, quando ele estava no auge de sua popularidade, quando multidões o procuravam para ouvi-lo e serem curados?Por que ele não fez uma grande convocação com os anjos tocando trombetas e, então, solenemente me entregou como mãe de todos?

“Minha marca que encantou o Senhor foi a humildade” (Lc 1, 48). “Assim costumo agir: quando alguém se entrega a mim eu tomo este filho e levo-o aos pés da cruz a fim de que ele seja lavado com o preciosíssimo sangue de meu Filho, para que alcance a graça do arrependimento de seus pecados e, pela Sua Divina Misericórdia, possa alcançar a salvação.

Eu não sou a salvadora. Eu sou MÃE. Eu nunca esqueci onde meu filho, Jesus, me entregou como mãe de todos: aos pés da cruz e enquanto Seu sangue era derramado pela salvação de todos.João, o discípulo amado, representando todos vocês levou-me para a sua casa (Jo 19, 27). Mas, eu, levo vocês para os pés da cruz. Intercedo em vosso favor para que vocês possam reconhecer seus pecados, arrepender-se e desejar mudar de vida, e, com isso, ser perdoados e lavados pelo sangue preciosíssimo do meu filho Jesus.

Eu levo meus filhos até meu Filho Jesus. Eu rogo por eles, como fiz nas bodas de Caná (Jo 2). Só Ele pode perdoar os pecados. Vocês acham que meu filho recusa um pedido de sua mãe?Ninguém pode ser meu verdadeiro filho se rejeita meu Filho, Jesus. Afinal ele mesmo disse: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim’. (Jo 14, 6) e também está escrito: ‘em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos’. (At 4,12)

Meu adversário, o demônio, é o enganador. Eu lhes apresento a verdade: meus verdadeiros filhos devem permanecer junto comigo, aos pés da Cruz. Ali está a fonte da eterna misericórdia. Tomar a Cruz e segui-lo (Mt 16, 24). Eu sou a Mãe das Dores. Eu fui dada na dor. Somente João, o discípulo amado, permaneceu junto ao meu Filho Jesus. Os outros fugiram. Eu posso não ter estado junto com meu Filho, Jesus, nos grandes momentos em que todos o aclamaram e o procuravam. Mas, na hora da dor, em que ele mais precisava de apoio, eu estive ao Seu lado. Permaneci de pé, junto à cruz.

É o mesmo que desejo fazer hoje: ficar junto de você, meu filho, e, com você, junto à cruz do meu Filho e nosso Salvador, Jesus Cristo”.

Em síntese podemos dizer:Quem se consagra à Virgem Maria, é levado por Ela até Jesus. Quem acolhe Jesus, reconhece seus pecados, arrepende-se, confessa seus pecados, pedindo a Sua Misericórdia, obtém o perdão. Então Jesus, o Caminho, o leva ao Pai

Outubro - Mês dedicado às missões

“Não se abre uma rosa apertando-se o botão”, escreveu alguém. É um pensamento muito próprio para uma reflexão sobre a vocação missionária do cristão para o mês que se avizinha: o mês de outubro, dedicado às missões. Jesus disse ao enviar os apóstolos para anunciar o ano da graça: “Eis que vos enviou como carneiros em meio a lobos vorazes” (Cf. Mt. 10,16). E, quando, mal recebidos em uma cidade, João e Tiago pretendiam mandar o fogo dos céus sobre aquele povo, mas Jesus os repreendeu “Não sabeis de que espírito sois. (Cf. Lc. 9,55).

A primeira atitude do missionário deve ser a mansidão. O anúncio da Boa Nova é um anúncio de paz. O texto do profeta Isaias lido por Jesus na sinagoga de Nazaré (Cf. Lc. 4,16-22)) e a si próprio aplicado, diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, eis porque me ungiu e mandou-me evangelizar os pobres, sarar os de coração contrito, anunciar o ano da graça”(Cf. Is. 61, 1-4)

E, logo a seguir, no Sermão da Montanha, revirando todos os princípios e conceitos que o pecado instilara nos corações dos homens, da sociedade e da cultura, declara bem aventurados os mansos, os misericordiosos e os que promovem a paz(Cf. Mt. 5)

A violência e a agressividade afastam os corações. Não é a toa que Santa Terezinha foi declarada padroeira das missões, ela que jamais transpôs as grades de seu convento e, partindo deste mundo aos vinte quatro anos, podia prometer que dos céus enviaria uma chuva de rosas sobre a terra. São Francisco de Sales, igualmente ensinava que se apanham mais moscas com uma gota de mel do que com um barril de vinagre.

Quanta paciência e compreensão mostraram os santos missionários de todos os tempos na inculturação da fé em corações duros e arraigados numa cultura pagã totalmente diversa dos caminhos cristãos. Davam tempo ao tempo, como o semeador aguarda com paciência o tempo da colheita.

Ainda no Evangelho lido na liturgia de dias atrás, diante da crítica dos fariseus, Jesus amorosamente acolhe a pecadora pública e lhe perdoa os pecados, e não reprime com exasperação o pecado dos “puros de todos os tempos”, mas os leva à conversão chamando-os ao amor.(Cf. Lc. 7, 36-50) Assim também em outro episódio, uma ceia junto a publicanos e pecadores, o Mestre disse aos que o criticavam: “Não são os que tem saúde que precisam de médico, mas os doentes. Ide aprendei o que significa: prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Cf. Mt.9, 10-14).

O plano salvífico de Deus não é imposto. Como na criação Deus respeitou a vontade do homem que optou pelo pecado, assim também o respeita na opção que ele faz diante da oferta da salvação. “Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti”, diz Santo Agostinho.

O cristão que tem, pelo batismo, a vocação missionária, a missão de anunciar a Boa Nova, tem de ter, ele próprio, um coração semelhante ao de Cristo, manso e humilde, como pedimos na jaculatória, “fazei nosso coração semelhante ao vosso”.

Paulo VI, na Evangelii nuntiandi exorta: “A obra da evangelização pressupõe um amor fraterno, sempre crescente, para com aqueles a quem ele (o missionário) evangeliza.” (nº 79) e cita São Paulo aos Tessalonicenses (2Tes. 8) como programa.

Refere-se ainda, exemplificativamente, a outros sinais de afeição que o missionário tem de ter em relação ao evangelizando: o respeito pela situação religiosa e espiritual das pessoas a quem se evangeliza; a preocupação de se não ferir o outro sobretudo se ele é débil em sua fé e um esforço para não transmitir dúvidas ou incertezas nascidas de uma erudição não assimiladas.

O missionário, ao levar a Boa Nova a um mundo angustiado e sem esperança ou cuja esperança se esgota com o último suspiro, não pode se apresentar triste e descorçoado, impaciente ou ansioso, mas deve manifestar uma vida irradiante de fervor e da alegria de Cristo.

Nesse espírito o missionário, sem tergiversar sobre sua fé e sobre a mensagem, abra sua voz para “propor aos homens a verdade evangélica e a salvação em Cristo,com absoluta clareza e com todo o respeito pela opções livres que a consciência dos ouvintes fará” (E.N 80). Lembre-se “não se abre uma rosa apertando-se o botão”.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Setembro - mês da Biblia

Iniciamos o mês de setembro, temático mês da Bíblia, que neste ano sugere para a reflexão nacional o livro de Jonas e nos recorda o envio de todos nós para evangelizar a grande cidade. No próximo dia 30, celebraremos a memória de São Jerônimo, presbítero e Doutor da Igreja, que teve o grande mérito de produzir uma tradução das línguas originais da Bíblia para o latim, a assim chamada Vulgata. São Jerônimo assim o fez para popularizar o texto da Escritura Sagrada. Isso possibilitou, sem dúvida, outras traduções e mais facilidade para o seu estudo e aprofundamento.

Por essa razão, a Igreja deseja, neste mês, recordar a importância da Bíblia, Palavra de Deus revelada, que é um dos textos mais importantes do mundo humanamente falando e, para nós cristãos, é a luz que conduz nossos passos. Suas inúmeras traduções para os mais diversos idiomas e dialetos são enormes. A sua difusão e estudo nos mais diversos países e culturas demonstra a sua força de comunicação.

Para nós, católicos apostólicos romanos, Cristo é o Verbo, a Palavra de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós. A Sagrada Escritura e a Tradição nos fazem uma promessa de vida humanizada na pessoa de Jesus. Precisamos desta Palavra de Salvação, pois não podemos viver plenamente sem conhecer verdadeiramente a Deus.

A Bíblia é a revelação de Deus numa linguagem humana e compreensível para todos, através de séculos. Muito embora tenha sido escrita durante longos períodos não contínuos ela apresenta-se como uma unidade perfeita. E também entre seus diversos autores, mesmo que não tenham se conhecido, existe uma harmonia e coerência iluminadas pelo Espírito Santo, o autor principal da Bíblia.

Ela contém diversas formas literárias, história, biografias, poemas, provérbios, frases, cartas, leis, instruções e outras inúmeras manifestações literárias do ser humano. Escreveram com a cultura humana, porém inspirados por Deus.

Devemos nos perguntar sobre a importância da leitura e do estudo da Bíblia hoje. Ela nos traz respostas para inúmeras perguntas que o ser humano se faz, como: qual o sentido da vida? Como faço para alcançar a felicidade? Por que é tão difícil ser bom? Por que há tanto mal no mundo? Ela nos traz a história da nossa salvação!

Em suas páginas e livros encontramos os caminhos para as respostas a todas essas indagações, que são absolutamente naturais em nossa vida. Em suas páginas podemos encontrar essa fidelidade do Senhor, que nos traz alívio para o inconstante da vida hodierna, a futilidade que querem impor na vida do ser humano.

É essencial que saibamos, pois, reconhecer a vontade de Deus sobre nossa existência. A proposta do texto sagrado e interpretado pelo magistério da Igreja é justamente essa: explicitar a vontade Deus sobre o homem.

O Concílio Ecumênico Vaticano II indica-nos alguns critérios sempre válidos para uma interpretação da Sagrada Escritura conforme o Espírito que a inspirou. Antes de tudo é preciso prestar grande atenção ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura, pois, por muito diferentes que sejam os livros que a compõem, a Sagrada Escritura é una em virtude da unidade do desígnio de Deus, do qual Cristo Jesus é o centro e o coração (cf. Lc 24, 25-27; Lc 24, 44-46). É também necessário ler a Escritura no contexto da tradição viva de toda a Igreja. Segundo Orígenes, "a Sagrada Escritura é escrita no coração da Igreja antes do que em instrumentos materiais". De fato, a Igreja leva na sua Tradição a memória viva da Palavra de Deus, e é o Espírito Santo que lhe dá a interpretação da mesma segundo o sentido espiritual (cf. Orígenes, Homiliae in Leviticum, 5, 5). Ainda mais um critério: é necessário prestar atenção à analogia da fé, ou seja, à unidade de cada uma das verdades da fé entre elas e com o plano integral da Revelação e a plenitude da divina economia nele encerrada.

Existe uma unidade inseparável entre Sagrada Escritura e Tradição, porque ambas provêm de uma mesma fonte: A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura relacionam-se e comunicam-se intimamente entre si; porque, surgindo ambas da mesma fonte, de certo modo se fundem e tendem para o mesmo fim. Com efeito, a Sagrada Escritura contém a Palavra de Deus enquanto consignada por escrito sob a inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por seu lado, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus, confiada aos Apóstolos por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo, para que, com a luz do Espírito da Verdade, a guardem, exponham e difundam fielmente na sua pregação, donde se segue que a Igreja não tira somente de um livro a certeza de todas as coisas reveladas. Por isso, se devem receber e venerar ambas com igual afeto de piedade e reverência (cfr. Dei Verbum, 9).

Devemos deixar evidente e claro que é no contexto eclesial onde se permite que a Sagrada Escritura seja compreendida como autêntica Palavra de Deus, que se torna guia, norma e regra para a vida da Igreja e o crescimento espiritual dos fiéis batizados.

Convido a todos para que o centro de nossa adesão à Trindade passe pela valorização da “lectio divina”, aqui no Brasil chamada de “leitura orante” da Sagrada Escritura. Devemos, primeiro, ouvi-la. Mas ouvir não basta, é preciso meditar, isto é, assimilar. Encontraremos muitas dificuldades, mas rezem para compreender, como exorta Santo Agostinho (De Doctr. christ. 3, 56; em: PL, 34, 89), porque, procurando o auxílio dos exegetas, guiados pela Igreja Católica, as dificuldades tornar-se-ão estímulo para uma compreensão maior, levando, posteriormente, a uma união mais íntima com a Palavra de Deus.

Ao redor do feriado passado todos os grupos dos círculos bíblicos se reuniram por vicariato para se animarem a continuar buscando nessa fonte o alimento e inspiração para serem discípulos missionários! Que o mês da Bíblia nos ensine a rezar e meditar bem a Palavra Revelada de Deus, e consequentemente, à luz do Espírito Santo, colocá-la em prática!

Melhor Amizade

Nestes dias, estive refletindo um pouco sobre a verdadeira amizade, que é a de Jesus para comigo. Nenhuma pessoa que julga ser nossa(o) amiga(o) se preocupa tanto quanto ele, a ponto de nos entregar a própria vida numa cruz. Nós - como coroinhas - devemos, quando estamos lá no altar, servir com alegria, pois não estamos servindo ao padre, aos amigos, à Leda e/ou à Cristina, mas sim ao nosso melhor amigo que é Jesus. Então, após esta breve reflexão, vamos servir a Jesus com mais ânimo, alegria, disposição.

domingo, 18 de julho de 2010

Eu, quando visto pelo outro.

Quem sou eu? Eu vivo pra saber. Interessante descoberta que passa o tempo todo pela experiência de ser e estar no mundo. Eu sou e me descubro ainda mais no que faço. Faço e me descubro ainda mais no que sou. Partes que se complementam. O interessante é que a matriz de tudo é o "ser". É nele que a vida brota como fonte original. O ser confuso, precário, esboço imperfeito de uma perfeição querida, desejada, amada. Vez em quando, eu me vejo no que os outros dizem e acham sobre mim. Uma manchete de jornal, um comentário na internet, ou até mesmo um email que chega com o poder de confidenciar impressões. É interessante. Tudo é mecanismo de descoberta. Para afirmar o que sou, mas também para confirmar o que não sou.Há coisas que leio sobre mim que iluminam ainda mais as minhas opções, sobretudo quando dizem o absolutamente contrário do que sei sobre mim mesmo. Reduções simplistas, frases apressadas que são próprias dos dias que vivemos. O mundo e suas complexidades. As pessoas e suas necessidades de notícias, fatos novos, pessoas que se prestam a ocupar os espaços vazios, metáforas de almas que não buscam transcendências, mas que se aprisionam na imanência tortuosa do cotidiano. Tudo é vida a nos provocar reações.Eu reajo. Fico feliz com o carinho que recebo, vozes ocultas que não publico, e faço das afrontas um ponto de recomeço. É neste equilíbrio que vou desvelando o que sou e o que ainda devo ser, pela força do aprimoramento. Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo. Ou porque sou projetado melhor do que sou, ou porque projetado pior. Não quero nenhum dos dois. Eu sei quem eu sou. Os outros me imaginam. Inevitável destino de ser humano, de estabelecer vínculos, cruzar olhares, estender as mãos, encurtar distâncias. Somos vítimas, mas também vitimamos. Não estamos fora dos preconceitos do mundo. Costumamos habitar a indesejada guarita de onde vigiamos a vida. Protegidos, lançamos nossos olhos curiosos sobre os que se aproximam, sobre os que se destacam, e instintivamente preparamos reações, opiniões. O desafio é não apontar as armas, mas permitir que a aproximação nos permita uma visão aprimorada. No aparente inimigo pode estar um amigo em potencial. Regra simples, mas aprendizado duro.Mas ninguém nos prometeu que seria fácil. Quem quiser fazer diferença na história da humanidade terá que ser purificado neste processo. Sigamos juntos. Mesmo que não nos conheçamos. Sigamos, mas sem imaginar muito o que o outro é. A realidade ainda é base sólida do ser.

Entre vós não deve ser assim…

29º Domingo do Tempo Comum - Evangelho: (Mc 10, 35-45) - EVANGELHO COMENTADO


Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram: “Mestre, queremos que nos faças o que te vamos pedir”. Jesus lhes perguntou: “O que quereis que vos faça?” Eles responderam: “Que nos sentemos um à tua direita, outro à tua esquerda na tua glória”. Jesus, porém, lhes disse: “Não sabeis o que pedis! Podeis, acaso, beber o cálice que eu vou beber ou ser batizados com o batismo com que eu vou ser batizado?” “Podemos”, disseram eles. E Jesus prosseguiu: “Bebereis o cálice que eu vou beber e sereis batizados no batismo com que serei batizado, mas assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não compete a mim conceder. É daqueles para quem foi preparado”. Os outros dez, que ouviram isso, se aborreceram com Tiago e João. Jesus, porém, os chamou e disse: “Sabeis que os que parecem governar as nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Entre vós, porém, não deve ser assim. Ao contrário, quem de vós quiser ser grande, seja vosso servidor; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos”.
COMENTÁRIO
Mais uma vez nos reunimos para meditarmos a Palavra de Deus neste domingo em que celebramos o dia mundial das missões. Para você missionário e missionária, que se coloca a serviço do evangelho, um grande abraço e as nossas orações.
O cristão é um missionário, cuja missão é levar ao mundo inteiro a Boa Nova da Salvação. Os missionários e as missionárias estão sempre presentes junto aos marginalizados. Através dos excluídos, sem esperar nada em troca, servem a Deus.
Sem esperar recompensas aqui, nesta vida, mas na vida eterna certamente serão recompensados. A Glória Eterna será a recompensa para quem cumprir a sua missão. Jesus prometeu que todos que vivem a sua Palavra têm um lugar garantido no céu.
Sabendo disso, Tiago e João trataram de reservar seus lugares bem próximos ao Mestre, um de cada lado. Veja, trata-se de dois discípulos, membros de um grupo de doze, e sempre próximos do Mestre. Recebiam orientações de manhã, de tarde e de noite e, mesmo assim, aparecem aqui disputando os primeiros lugares no Reino de Deus. Estavam preocupados em garantir um lugar à esquerda e outro à direita.
E o resto do grupo? Onde iriam sentar-se os outros dez? Onde iria sentar o restante da humanidade? Certamente nada disso passou por suas cabeças, estavam preocupados somente consigo próprio. Devemos aproveitar este Evangelho para crescermos, pois é exatamente assim que nos comportamos.
Jesus então esclarece que o Reino de Deus é bem diferente deste nosso mundo. No Reino de Deus estar nos primeiros lugares não significa ter mais poderes, mas sim estar mais disponível. Quanto maior a disponibilidade para servir, quanto mais perto dos necessitados, mais próximo de Jesus se está.
"Aquele que quiser tornar-se grande entre vós, seja aquele que serve, quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos". E Jesus não fica somente nas palavras, ele próprio se coloca como exemplo dizendo: "Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida para resgatar a humanidade".
Nascemos para ser santos, Deus nos fez para a santidade. Os santos foram exaltados e, até mesmo, elevados aos altares por sua humildade. Jesus sempre ressaltou a importância da humildade, e a classificou como condição básica para a santificação.
"Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso!" Nunca é demais repetir esse pedido, pois o humilde será exaltado. Nossa Senhora foi a mais exaltada entre todas as criaturas porque, mesmo sendo a Mãe de Deus, manteve sua humildade e fez-se escrava do Senhor.
Na Quinta-feira Santa, Jesus lavou os pés dos seus discípulos e disse que seu exemplo deveria ser seguido. Lavem os pés uns dos outros, se compreenderem isso e praticarem, vocês serão verdadeiramente felizes. Com isso Jesus quis dizer que, a felicidade é um prêmio para quem vive a humildade.
Como é difícil lavar os pés do irmão e aceitar o último lugar! Não é fácil perdoar, pedir perdão, sentir a sensação de estar sendo rejeitado e deixado de lado. É preciso lembrar que o humilde não vive para si, mas para Deus. Na prática, ser humilde é aceitar morrer para si mesmo. É como o grão de trigo que precisa morrer para produzir frutos.

domingo, 30 de maio de 2010

Encontrão de Coroinhas, Cerimoniários e Acólitos de 2010















Foi um Encontro Diocesano maravilhoso, reunindo todos os coroinhas da diocese de sjcampos (cerca de 2000 coroinhas), com o auxilio da Unimed, da Policia Militar, da Rádio Bandeirante(AM 1000), da Prefeitura Municipal de SJCampos - disponibizando o espaço da Associação esportiva São José - e da Sabesp.
Tivemos o grande orgulho de ter a presença do nosso Bispo Diocesano Dom Moacir Silva, que celebrou a Missa às 16hs.

OBS *Acima tem as fotos do evento.








































































































sexta-feira, 30 de abril de 2010

Maio - Mês das Mães e Mês de Maria Santíssima.






O mês de maio mais uma vez chega com muita esperança para todos nós. É o mês da alegria porque celebraremos com fé a Santíssima Virgem Maria em nossas comunidades paroquiais. Como vemos, nossas comunidades sendo elas pequenas ou grandes, na cidade ou na zona rural, se encontram para louvar, honrar e bendizer a nossa Mãezinha querida. “Como é bonita uma religião que se lembra da mãe de Jesus”, nos diz uma canção do Pe. Zezinho,SCJ, e é verdade, como é bonito ver o nosso povo caminhando com Maria na certeza de encontrar-se com seu filho Jesus. Maria é para este povo, para mim e para você meu irmão e minha irmã o Farol de luz que nos mostra Jesus, é ela a Estrela da Nova Evangelização. Por isso neste mês de maio aprendamos muito com Maria, Mulher do Silêncio, da Escuta, do Serviço e da Obediência. Como não lembrar aqui as palavras de Dom Bosco quando nos diz assim “Sê devoto de Maria Santíssima e serás certamente feliz”. É verdade amados irmãos e irmãs, é no caminho de Maria que aprenderemos tantas virtudes que nos ajudarão a trilhar melhor o caminho da vida. Maria, a escolhida por Deus, a Bem-Aventurada, mulher sem mancha de qualquer Pecado, Ela é a Imaculada, a Cheia de Graça, Mãe do Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo. Mulher Humilde que soube ouvir a voz de Deus e acolher a sua Palavra, “faça-se em mim”. Peçamos a Maria que como uma professora nos eduque sempre mais, nos ensinando a crer e a amar o seu Filho Jesus, nosso irmão. No próximo mês de junho será realizado em Québec no Canadá de 15 a 22 o Congresso Eucarístico Internacional, e terá como tema: A EUCARISTIA , Dom de Deus para a Vida do Mundo. O documento teológico de base nos afirma que “o dom de Deus ao mundo é realizado devido a uma mulher, bendita entre todas as mulheres, que acreditou e que se entregou sem condições à Palavra misteriosa do Seu Senhor”. Vejamos meus irmãos e irmãs como Maria é importante na história da Salvação, Ela é a Mulher por excelência, não há outra mulher como Maria. Vivamos bem este mês, ouvindo a voz da Mãe Auxiliadora e defensora nossa que nos diz “FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER”.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quem é o Espírito Santo?

Há muitos conceitos errôneos sobre a identidade do Espírito Santo. Alguns vêem o Espírito Santo como uma força mística. Outros entendem o Espírito Santo como sendo um poder impessoal que Deus disponibiliza aos seguidores de Cristo. O que diz a Bíblia a respeito da identidade do Espírito Santo? Colocando de forma simples – a Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus. A Bíblia também nos diz que o Espírito Santo é uma Pessoa, um Ser com mente, emoções e uma vontade.

O fato do Espírito Santo ser Deus é claramente visto em muitas Escrituras, incluindo Atos 5:3-4. Neste verso Pedro confronta Ananias em por que ele tinha mentido para o Espírito Santo, e a ele diz “não mentiste aos homens, mas a Deus”. É uma declaração clara de que mentir ao Espírito Santo é mentir a Deus. Podemos também saber que o Espírito Santo é Deus porque Ele possui os atributos ou características de Deus. Por exemplo, a onipresença do Espírito Santo é vista em Salmos 139:7-8: “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.” Em I Coríntios 2:10 vemos a característica de onisciência do Espírito Santo: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.”

Podemos saber que o Espírito Santo é mesmo uma Pessoa porque Ele possui uma mente, emoções e vontade. O Espírito Santo pensa e sabe (I Coríntios 2:10). O Espírito Santo pode se entristecer (Efésios 4:30). O Espírito intercede por nós (Romanos 8:26-27). O Espírito Santo toma decisões de acordo com Sua vontade (I Coríntios 12:7-11). O Espírito Santo é Deus, a terceira “Pessoa” da Trindade. Como Deus, o Espírito Santo pode verdadeiramente agir como o Confortador e Consolador que Jesus prometeu que ele seria (João 14:16,26; 15:26).

Os dons do Espírito

No Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, reside o Amor Supremo entre o Pai e o Filho. Foi pelo Divino Espírito Santo que Deus se encarnou no seio de Maria Santíssima, trazendo Jesus ao mundo para nossa salvação. Peçamos humildemente à Maria, esposa do Espírito Santo, que interceda por nós junto a Deus concedendo-nos a graça de recebermos os divinos dons, apesar de nossa indignidade, de nossa miséria. Nas Escrituras, o próprio Jesus quem nos recomenda: "Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto" (Mt VII, 7s).

Fortaleza
Por essa virtude, Deus nos propicia a coragem necessária para enfrentarmos as tentações, vulnerabilidade diante das circunstâncias da vida e também firmeza de caráter nas perseguições e tribulações causadas por nosso testemunho cristão diante do mundo. Lembremo-nos que foi com muita coragem, com muito heroísmo, que os santos mártires desprezaram as promessas, as blandícias e ameaças do mundo. Com que serenidade foram ao encontro da morte! Que luta gloriosa não sustentaram! Luta não há mais para eles. Agora gozam de perfeita paz, em união íntima com Jesus, de cuja glória participam. Também nós, havemos de combater para alcançar a coroa eterna. Vivemos num mundo cheio de perigos e tentações. A alma acha-se constantemente envolta nas tempestades de paixões revoltadas. Maus exemplos pululam e as inclinações do coração são sempre dirigidas para o mal. Resistir a tudo isto requer força de vontade, combate resoluto, sem tréguas. Roguemos a Deus para que essa virtude seja nossa companheira inseparável; testemunhemos nosso amor a Deus por palavras e obras. Assim, viveremos na fé e pela fé, certos de que seremos felizes aqui e na eternidade.

Sabedoria
O sentido da sabedoria humana reside no reconhecimento da sabedoria eterna de Deus, Criador de todas as coisas que distribui seus dons conforme seus desígnios. Para alcançarmos a vida eterna devemos nos aliar a uma vida santa, de perfeito acordo com os mandamentos da lei de Deus e da Igreja. Nisto reside a verdadeira sabedoria que, aliás, não é um dom que brota de baixo para cima, jamais será alcançada por esforço próprio. É um dom que vem do alto e flui através do Espírito Santo que rege a Igreja de Deus sobre a terra.

Ciência
Todo o saber vem de Deus. Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence esta glória, a Deus, que é o doador de todos os bens.

Conselho
Hoje, mais do que nunca está em foco a educação da mocidade e todos reconhecem também a importância do ensino para a perfeita formação da criança. As dificuldades internas e externas, materiais e morais, muitas vezes passam pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma responsabilidade, portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins superiores, para a santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade de coração, devemos pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos aos mostrarmos ao irmão as lições temporais que levam ao caminho da salvação. É sob a influência deste ideal que a mãe ensina o filhinho a rezar, a praticar os primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da penitência, do amor ao próximo.

Entendimento
Há pessoas que, mesmo sem entender os preceitos da Igreja, permanecem fiéis aos seus ensinamentos; possuem o sabor pelas coisas de Deus e mesmo ignorando o vasto significado da liturgia, dos dogmas, das orações, dão testemunho de intensa devoção e piedade. Estão repletos de sabedoria, mas falta-lhes o entendimento, que resume-se na busca pela compreensão das coisas de Deus no seu sentido mais profundo. Portanto, Sabedoria não é consequência do Entendimento, ou vice-versa. Roguemos ao Senhor que nos conceda o Entendimento, perfeito complemento da Sabedoria. Por serem distintamente preciosos, nos fazem aproximar de Deus com todas as nossas forças, com toda a nossa devoção e inteligência.

Piedade
Nos dias de hoje, considerando a população mundial, há poucas, muito poucas pessoas que acham prazer em serem devotas e piedosas; as poucas que o são, tornam-se geralmente alvo de desprezo ou escárnio de pessoas que tem outra compreensão da vida. Realmente, é grande a diferença que há entre um e outro modo de viver. Resta saber qual dos dois satisfaz mais à alma, qual dos dois mais consolo lhe dá na hora da morte, qual dos dois mais agrada a Deus. Não é difícil acertar a solução do problema. Num mundo materialista e distante de Deus, peçamos a graça da piedade, para que sejamos fervorosos no cumprimento das escrituras.

Temor de Deus
Teme a Deus quem procura praticar os seus mandamentos com sinceridade de coração. Como nos diz as Escritura, devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus, e o resto nos será dado por acréscimo. O mundo muitas vezes sufoca e obscurece o coração. Todas as vezes que transigências fizemos às tentações, com certeza desprezamos a Deus Nosso Senhor. Quantas vezes preferimos a causa dos bens miseráveis deste mundo e esquecemo-nos de Deus! Quantas vezes tememos mais a justiça dos homens do que a justiça de Deus! Santo Anastácio a este respeito dizia: "A quem devo temer mais, a um homem mortal ou a Deus, por quem foram criadas todas as coisas?". Não esqueçamos, portanto, de pedir ao Deus Espírito Santo a graça de estarmos em sintonia diária com os preceitos do Criador.

O que é a fé?

Fé é acreditar sem qualquer desconfiança,
Ainda que na frente nenhuma luz exista,
Deixando a dúvida e a falta de esperança,
Para aqueles que andam apenas por vista.
Confiar nas promessas de Deus, isso é fé,
Quando parece que Deus já nos esqueceu,
É não duvidar nem vacilar como São Tomé,
Nem buscar sinais e lamentar o que não sucedeu.
Fé é acreditar em Deus e nunca esquecer,
A esperança dum futuro que um dia virá,
Fé é a coragem de acreditar sem esmorecer,
Que tudo o que esperamos um dia acontecerá.

Aceitar o outro

Amar é aceitar o outro como ele é.
Jesus, sem compartilhar com o mal dos pecadores, amou-se como eram.
Todas as pessoas, por mais indígnas e desprezíveis que nos possam parecer, têm qualidades e aspectos de bem que desconhecemos. Muitas pessoas são más justamente porque foram impedidas na prática do bem ou porque ninguém as amou. Quando a pessoa se sente amada, ela se transforma.
Todos têm aspectos positivos e negativos que nós podemos ajudar a desenvolver.
Se o homem é feito à imagem de Deus, a qual dos homens podemos virar as costas?

Paixão e Ressurreição de Cristo como força libertadora

A paixão de Cristo não foi algo inesperado, inexplicável em sua vida. Os sofrimentos da paixão foram uma etapa decorrente da maneira de viver de Cristo uma conseqüencia de sua vida. A paixão faz parte do processo de libertação. "Se Jesus tivesse permanecido em Nazaré não teria morrido na cruz. Ele morreu vítima de sua mensagem. Morreu porque falou".
Cristo morreu para nos salvar, porque o anúncio da verdade lhe custou a Vida.
Assim como Cristo, também o cristão passará da morte para a vida, que culmina na gloriosa ressurreição.

A Mensagem do ressucitado

A vida de Jesus nos apaixona. Seu caráter, sua bondade, sua autenticidade de vida, tudo isso nos fascina e nos dá a força para viver no bem e na virtude.
Mas se a vida de Cristo terminasse com a sua morte, que sentido teria? Os apóstolos e a sociedade não mudaram por conviver com Cristo e por ouvir a sua doutrina.
CRISTO RESSUCITOU! Aí está a grande mensagem, a certeza, a força, a audácia do cristão.
A morte adquire um verdadeiro sentido e as realidades do dia-a-dia são vistas numa nova luz porque o Cristo ressucitou.
A ressurreição de Cristo transformou a vida dos apóstolos, transformou o mundo.
Pela ressurreição, o Pai confirmou que devemos viver como Cristo viveu, e fixou a vida de Jesus, como modelo de vida para todos aqueles que crêem.

A Grande Paixão de Jeus

O dinamismo interior que movia toda a atividade de Cristo era o amor ao Pai.
Esse relacionamento total e constante com o Pai é a chave da personalidade de Jesus e o que explica todas as suas facetas: na oração:"Pai, por que me abandonaste;" no agradecimento: "Obrigado, Pai, por me teres atendido. Tu me atendes sempre..." na sua missão: "Eu vim em nome de meu Pai..."
Do começo ao fim da vida de Cristo, nós percebemos esta constante: o amor ao Pai, a entrega total ao Pai. Desde a sua primeira manifestação entre os doutores: "Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai...?" até no alto da cruz quando diz: "Pai, tudo está consumado", sua vida foi sempre a realização da vontade do Pai.

Temas a serem discutidos

Ao longo destes próximos 2 meses,discutiremos temas diversos, como:

* A grande paixão de Jesus.

* A mensagem do ressucitado.

* Paixão e ressurreição de Cristo como força libertadora.

* Aceitar o outro.

* O que é a fé?

* Os dons do Espírito.

* Quem é o Espírito Santo?

Fotos da semana santa

Encontra-se no orkut da minha mãe.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Domingo de Ramos

Hoje vamos refletir um pouco sobre o significado do domingo de ramos, segundo o professor Felipe Aquino da Canção Nova.

O significado do Domingo de Ramos

A Semana Santa tem início no “Domingo de Ramos”, que é assim chamado porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples que o aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. Aquele povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia há poucos dias e estava maravilhado. As pessoas estavam certas de que Jesus era o Messias anunciado pelos Profetas. Pensavam que ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel. ‘Que Messias é esse? Que libertador é esse? É um farsante! Merece a cruz por nos ter iludido’. A entrada solene de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que o homenageou motivada por seus milagres, agora lhe vira as costas e muitos pedem a sua morte.

Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Dessa forma, o Domingo de Ramos é o início da Semana que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus saudando-o com ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos significam a vitória. “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os Ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus e defensores da fé católica. Os Ramos sagrados, que levamos para nossas casas após a Missa, lembram-nos que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado e o cristianismo “light”, adaptado aos gostos e interesses pessoais. Impera, como diz Bento XVI, a ditadura do relativismo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O Que é a Quaresma?

Mensagem do Papa Bento XVI aos coroinhas.

Durante uma audiência geral particular, diante de mais de 40 mil coroinhas da Europa(representando todos os coroinhas do mundo), o Papa Bento XVI pediu aos jovens servidores do altar estar abertos à possibilidade do chamado à vocação sacerdotal.

O Pontífice iniciou recordando que “faz mais de 70 anos, em 1935, comecei como coroinha”; e explicou que é “o Espírito Santo quem sustenta a vossa relação com Jesus, de maneira que não seja só externa”.

“Hoje, vendo-vos aqui diante de mim na Praça de São Pedro –continuou o Santo Padre–, penso nos Apóstolos e escuto a voz de Jesus que vos diz: ‘Não vos chamei servos, senão amigos: permanecei em meu amor, e dareis muito fruto”.

“Vos convido: Escutai esta voz! Cristo não o disse só faz dois mil anos; Ele está vivo e vo-lo diz agora. Escutai esta voz com grande disponibilidade; tem algo para vos dizer a cada um”, adicionou.

“Talvez –continuou– a algum de vós vos esteja dizendo: ‘quero que me sirva de maneira especial como sacerdote convertendo-se assim em minha testemunha, sendo meu amigo apresentando aos outros esta amizade’”.

O Pontífice exclamou logo: “Queridos coroinhas, Vós sois já apóstolos de Jesus! Quando participais da Liturgia realizando o vosso serviço no altar, vós ofereceis um testemunho. A vossa atitude de recolhimento, vossa devoção que parte do coração e se expressa nos gestos, no canto, nas respostas: se o fizerdes de maneira correta e sem distrações, nem de qualquer jeito, então o vosso é um testemunho que comove aos homens”.

Bento XVI assinalou depois que os coroinhas estão “muito perto de Jesus Eucaristia, e este é o maior sinal de sua amizade”. “Por isso vos peço: não vos habitueis a este dom, de tal forma que não se converta em uma sorte de rotina, sabendo como funciona e fazendo-o automaticamente, pelo contrário deveis descubrir cada dia novamente que acontece algo grande, que o Deus vivente está em meio de vós, e que podeis estar perto para ajudar a que vosso ministério seja celebrado e chegue às pessoas”.

O Papa destacou que, desta forma “sereis verdadeiramente seus apóstolos e produzireis frutos de bondade e de serviço em cada âmbito de vossa vida: na família, na escola, no tempo livre”.

“Queridos coroinhas, minhas últimas palavras são: sede sempre amigos e apóstolos de JesusCristo!“, concluiu.

“Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” Mt 6,24c - Campanha da Fraternidade 2010

Hoje apreenderemos um pouco mais sobre a CF 2010 com o nosso Bispo Diocesano Dom Moacir Silva.


Campanha da Fraternidade 2010

Promover uma economia a serviço da vida é objetivo da Campanha da Fraternidade que começou hoje.

Tema: Economia e Vida

Lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro.” (Mt 6,24)



Com o tema “Economia e Vida”, a Campanha da Fraternidade de 2010 busca debater uma outra economia, que promova desenvolvimento amplo sem exclusão social. Este tema ressalta a questão da economia, que na sociedade é vista como prioridade máxima em detrimento do ser humano que é esmagado em seu ser.

Realizada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) desde 1964, a campanha deste ano reunirá, além da Igreja Católica, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e a Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia. Elas integram o CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil), o organizador do evento em 2010.

Será a terceira vez que a campanha terá caráter ecumênico, repetindo 2000 e 2005.

O CONIC convida para a Celebração de Abertura da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 a nível nacional que será no Santuário Dom Bosco, SEPS 702, Bloco B, na Av. W3 Sul, na cidade de Brasília, às 19:30, do dia 17 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas. Nesta celebração estará presente o Presidente do CONIC, Diretoria, Secretário Geral, Presidência das Igrejas, e outras autoridades. O lançamento da CF 2010 foi realizado no último mês de setembro e, embora a abertura oficial seja no dia 17 de fevereiro de 2010, as atividades já começaram.

A CF2010 levará para cerca de 50 mil comunidades cristãs discussões sobre economia. O texto-base do evento, que começa na quarta-feira de cinzas (17/02/10), critica a crescente dívida interna do país, as altas taxas de juros, a elevada carga tributária, o sistema financeiro internacional e até mesmo o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine de Lula.

Com textos e gráficos, o material do evento propõe a conscientização sobre alguns temas econômicos que são pouco conhecidos por grande parte da população. Em relação à dívida interna, por exemplo, o manual da campanha diz: "Apesar de os gastos com juros e amortizações da dívida pública consumir mais de 30% dos recursos orçamentários do país, essas dívidas não param de crescer. A dívida interna alcançou a gigantesca cifra de R$1,6 trilhão em dezembro de 2008, tendo apresentado crescimento acelerado nos últimos anos".

Segundo o texto, a dívida inviabiliza a aplicação de recursos na área social. Uma das tabelas do material mostra a elevação da dívida nos governos de FHC (1995-2002) e de Lula. O documento cita o PAC ao atacar a má distribuição de renda: "O crescimento do PIB, expresso em médias nacionais, não é sinônimo de boa distribuição dos recursos entre os diversos grupos sociais. Os pobres continuam lesados nos seus direitos. O PAC é o exemplo mais recente no Brasil".

O secretário-geral do Conic e reverendo da Igreja Anglicana, Luiz Alberto Barbosa, diz que a meta do evento é fazer com que as comunidades reflitam sobre o que está dando certo e errado na economia do país, e possam cobrar mudanças dos políticos nas eleições."Escutamos o discurso oficial de que o país caminha para ser a quinta economia do mundo. Mas é preciso perguntar: "Se o cenário é tão bom, onde estão os recursos?”Ainda temos quase 40 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza e não há trabalho e saúde para todos."

O frade dominicano Carlos Josaphat, um dos principais intelectuais da Igreja Católica, diz que um dos objetivos do evento é fazer com que os cristãos deixem de ser omissos em relação a práticas econômicas socialmente injustas.A campanha defende ainda a realização de um plebiscito sobre a limitação do tamanho das propriedades rurais do país.

O Reverendo Luiz Alberto Barbosa, do CONIC, disse que "o intuito é mostrar para a sociedade que as igrejas, mesmo com denominações diferentes, estão unidas no mesmo ideal de fraternidade e solidariedade". A proposta é trabalhar no conceito de inclusão social em favor de uma economia que gere a vida e não a morte comentou o religioso.

O lançamento da CF 2010 foi realizado no último mês de setembro e, embora a abertura oficial seja no dia 17 de fevereiro de 2010, as atividades já começaram. O reverendo informa que, pelas igrejas em todo o Brasil, já estão sendo realizadas oficinas de capacitação sobre o tema da campanha. "Na campanha propriamente dita haverá celebrações internas nas igrejas", esclarece.

A campanha terá atividades até o dia 28 de março, Domingo de Ramos, dia em que, segundo o reverendo, será feita a Coleta Ecumênica da Solidariedade nas igrejas. O dinheiro arrecadado será revertido ao Fundo Ecumênico de Solidariedade que deve destinar recursos a projetos sociais que podem receber valores entre R$ 10 mil e R$ 50 mil reais.

O reverendo comenta que, durante o período da Quaresma, é importante praticar a solidariedade e refletir sobre o tipo de economia que desejamos para a nossa vida. Ele também enfatiza a importância de que todas as pessoas, independente de seu credo religioso, reflitam sobre a questão da economia, já que ela faz parte da vida mesmo antes do nascimento. "A Economia está presente desde a gestação até a morte", resumiu

De acordo com o texto base da campanha, a economia existe para a pessoa e para o bem comum, e não as pessoas para a economia. O Reverendo Luiz Alberto comentou que a proposta da Campanha da Fraternidade é transformar o coração e a vida das pessoas de boa vontade em relação ao dinheiro. "O dinheiro não é o mais importante".

"O dinheiro deve ser usado para servir ao bem comum das pessoas, na partilha e na solidariedade", expressa o texto base da CF. A vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos e não apenas pelo consumo desvairado e lucro a qualquer preço.

Ele disse ainda que 2010 será um ano importante para o Brasil, já que é um ano eleitoral, com eleições para vários cargos nos legislativos estaduais e federal. "A questão econômica é o ponto central de uma campanha eleitoral. Cabe a nós percebermos o que é bom ou ruim, de acordo com as propostas, para escolhermos qual tipo de economia queremos"

"O apelo é que todos se conscientizem e pensem antes de votar, porque ao votarmos, estamos também escolhendo um modelo econômico, entre outras coisas", finalizou o Reverendo.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O Que é ser coroinha?

Ser Coroinha

Ser coroinha é estar a serviço: a serviço do altar e do próximo. Servir ao altar não é apenas ajudar o padre, transportar os objetos litúrgicos ou executar as funções que lhe são próprias. Servir ao altar é muito mais: é participar do Mistério Pascal de Cristo, ou seja, da Paixão-Morte-Ressureição de Cristo. Servir ao altar é estar aos pés da cruz, é contemplar o Cristo ressuscitado com os olhos da fé e viver alegremente o Evangelho.

Estar a serviço do próximo é estar pronto para a doação e a entrega, é ser amparo e consolo para os que necessitam, é saber amar e viver a caridade. A vida de Cristo foi dedicada a servir o próximo. Da mesma, forma o coroinha é chamado a servir como Cristo.

No seu serviço o coroinha deve buscar sempre a alegria e a disposição, o contato fraterno e amigo, o respeito e a dedicação às coisas sagradas. O jovem deve demonstrar que vive sua fé, que observa os Mandamentos de Deus e que procura sempre ser justo e correto. Deve continuamente dar testemunho de que Cristo é o seu Senhor e Mestre.

Na vida do coroinha a oração é fundamental. É pela oração que o jovem aprende a se relacionar com Deus, a se tornar íntimo do Senhor. Na oração recebem-se as graças de Deus, o auxílio para os momentos difíceis e a força para superar o pecado e as falhas pessoais. Sem oração não se pode servir ao altar, pois como vamos estar com Cristo se não temos intimidade com Ele? É a oração que permite ao coroinha exercer o seu serviço ao próximo e ao altar de forma digna.

Ser coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida. A Eucaristia é a fonte de todas as graças, é alimento que fortalece a alma e nos conduz ao Pai. Ao viver a Eucaristia, o coroinha vive o seu ministério de serviço com mais dignidade, dedicação, oração

A História de São Tarcisio

No livreto preparado para a festa de 1993, o pároco traduziu do espanhol, algumas páginas referentes ao Santo que festejamos. Mesmo enviando o tal livreto a quem quer melhor conhecer São Tarcísio, nos parece bom escrever também, nesta ocasião, alguma coisa sobre ele.
Quem visita as Catacumbas de São Calisto, pode notar no andar superior um monumento cristão, conhecido com o nome de “Túnel Ocidental”. No momento da descoberta feita por Rossi, em 1844, era um casebre de campanha. Atualmente é uma pequena igreja, mas na origem devia ser uma pequena basílica.

Mas baseando-nos sobre indicações das antigas guias dos peregrinos, os assim chamados ITINERÁRIOS, podemos supor que fosse o mesmo São Tarcísio, o proto-mártir da Eucaristia.
Segundo a tradição, o adolescente Tarcísio foi martirizado por um grupo de malvados, enquanto ele levava a Eucaristia aos cristãos, nos cárceres. O seu martírio deve ter acontecido dia 6 de agosto do ano 258, depois da Missa celebrada pelo Sumo Pontífice Sisto II, ajudado também por Tarcísio, que exercia o cargo de acólito. A ordem do acólito era reservada aos fiéis que mais de distinguiam pela bondade e pelas virtudes. Este jovem mártir foi incluído no martirológio romano no dia 15 de agosto, e comemorada a morte no cemitério de S. Calisto.

No século passado, São Tarcísio foi escolhido como Patrono dos Coroinhas do SS.mo Sacramento e, neste século, Patrono dos aspirantes menores da Juventude Italiana de Ação Católica.

Segundo o Calendário de S. Basílio, o corpo de Tarcísio foi sepultado no “Cemitério de S.Calisto”, com Papa Estevão. Segundo Rossi e Maruchi, foi transferido para a assim chamada “Cela Tricora”, em um sarcófago junto ao Papa Zefirino. Paolo I (V767), o levou para a Basílica de S. Silvestre, no Capitólio, juntamente com outros corpos dos mártires. Atualmente se encontra na Capela do Anjo da Guarda (antes estava na atual capela de S.Domingos onde se conservava o Santíssimo). Uma relíquia se conserva em um gracioso cofre na Capela do Instituto S. Tarcísio, em Roma, na Via Ápia Antiga, 102.

Quem chega ao interior do cárcere, observa um verdadeiro contraste com aquela algazarra barulhenta da estrada. Ali reina paz, serenidade, alegria e júbilo; os muros de pedra grega ecoam os cantos salmodiantes, entoados por Pancrácio e repetidos de um lugar para outro. Os prisioneiros do camerum respondiam aos irmãos em uma alternativa de versos, tirados dos salmos, que eram naturalmente, sugeridos pela circunstância.

Na vigília do dia em que deviam lutar com as feras, que os dilacerariam, se lhes concedia uma maior liberdade. Era permitido aos amigos das vítimas escolher aqueles que queriam para visitá-los, e os cristãos aproveitavam sabiamente desta permissão, indo à prisão e recomendando-os às orações dos benditos seguidores de Cristo. À tarde, os condenados eram conduzidos à cena livre, isto é a um abundante e até a um suntuoso banquete público. A mesa era circundada por pagãos sempre curiosos para ver como se comportariam e que aspecto assumiriam os combatentes no dia seguinte. Mas não percebiam nos cristãos nem ostentação insolente, nem a amarga prostração dos condenados comuns. Para aqueles comensais, o banquete era um verdadeiro ágape ou festa do amor, já que eles procuravam a verdadeira alegria, e a cena era animada por uma alegre conversão.

Enquanto os perseguidores preparavam o banquete material das suas vítimas, a Mãe Igreja preparava um banquete muito mais lauto para as almas de seus filhos, para enviar à tarde, aos campeões de Cristo, um número de partícula do Pão da Vida, suficiente para animá-los à manhã do dia destinado à luta.

Quando o Pão Consagrado estava pronto, o celebrante se voltava ao altar, onde fora colocado a Vítima Santa, para ver a quem devia melhor confiar. Antes que algum pudesse se oferecer, o jovem acólito Tarcísio (de 12 anos) se ajoelhou em sua frente, com as mãos postas, prontas para receber o Sagrado Depósito. Com o seu semblante inspirando inocência, como aquele de um Anjo, parecia implorar para ser o preferido, ou melhor, quase que pedindo este direito.

- “Tu és muito jovem”, disse o bom celebrante muito admirado.

- “Padre, a minha juventude será a melhor proteção. Oh! Não me negue esta altíssima honra!”. Tinha as lágrimas nos olhos e em sua face era um róseo de modesta emoção, enquanto pronunciava as palavras. Erguia as mãos com tanto fervor e a sua oração era tão cheia de paixão e de coragem que o celebrante não pode resistir. Tomou os Divinos Mistérios, delicadamente envolvidos em um pano de linho e depois enrolou outro pano de linho, depositando entre as suas mãos dizendo:

- “Lembra-te, Tarcísio, este tesouro é confiado aos teus cuidados. Evita os lugares públicos durante o caminho, e recorda-te que as coisas santas não são dadas como alimento aos cães, e que as pérolas não são feitas para os porcos. Cuidarás fielmente os sagrados dons de Deus?”.

- “Morrerei antes que não compra o meu dever” – respondeu o santo jovem, colocando junto a si o alimento divino, e com serena reverência se colocou a caminho para cumprir a sua missão.

Transparecia de seu semblante uma graça não comum aos jovens de sua idade, enquanto enfrentava com passos rápidos pelas estradas, evitando os pontos mais freqüentados e aqueles mais desertos.

Quando estava perto dos portões de um grande palácio, a proprietária, uma rica matrona sem filhos, o viu e ficou fascinada pela sua beleza e pela doçura do seu semblante, enquanto ele se apressava pelo caminho com os braços cruzados.

- “Espere um momento, caro filho, disse, interceptando-lhe os passos – quem és? Diga-me, e quem são os teus pais?”.

- “Meu nome é Tarcisio e sou órfão, respondeu levantando os olhos sorridentes – não tenho casa, a não ser uma que talvez te desagrade em eu dizer”.

- “Então vem repousar na minha casa; tenho muito do que falar. Oh! Se tivesse também um filho como tu!”.

- “Agora não posso, senhora, agora não! Confiaram a mim uma sublime e sacra missão e não posso perder um minuto, antes de tê-la executada”.

- “Então me prometa de vir amanhã. Olha, esta é a minha casa”.

- “Se estiver vivo, virei certamente”, disse o jovem, com um olhar inspirado que parecia lembrar Patrícia, um mensageiro escolhido para das mais altas esferas sociais.

Ela o seguiu um pouco com seu olhar e depois de haver refletido, decidiu segui-lo. Em seguida escutou um grande estrondo interrompido por bandos de insolentes, e ela parou até que ficou tudo em silêncio; depois retomou o seu caminho.

Entretanto, Tarcisio, absorto nos mais altos pensamentos que não fossem a herança de Patrícia, tinha apertado o passo e estava perto de uma praça, onde alguns rapazes estavam jogando, apenas saídos da escola.

- “Falta mesmo um rapaz para o nosso jogo. Onde o encontraremos?”, disse o chefe.

- “Oh! olha que combinação”, exclamou outro – Eis Tarcisio, que não o vemos há muito tempo. Antes era ótimo em toda espécie de jogo. “Vem, Tarcísio”, continuo apertando-lhe o braço
- “Aonde vai com tanta pressa? Vem jogar conosco! Seja bom!”.

- “Não posso agora, Petílio; não posso mesmo! Tenho uma grande e importante tarefa a cumprir”.

- “E então virás à força” – disse aquele que havia falado por primeiro; um rapaz grande, estúpido e prepotente, que logo se colocou sobre Tarcísio. “Sabe que não admito réplica quando quero alguma coisa. Venha logo fazer parte do nosso jogo!”.

“Te suplico” – disse o pobre menino, “deixa-me continuar meu caminho!”.

“Nada disso” – rebateu o outro – Mas o que tens aí de tão precioso para levar com tanto cuidado? Será uma carta? Não tem importância se chegar no seu destino, meia hora depois.Dê para mim que guardarei com segurança até que terminemos de jogar”. E estendeu a mão para tirar dele sacro depósito.

- “Não, não” – disse o jovem, elevando os olhos para o céu.

- “Então quero ver de que se trata” – insiste o outro em tom brusco – “quero saber em que consiste este teu precioso segredo” e começou a maltratá-lo. E logo se reuniu um grupo de curiosos, perguntando do que se tratava. Viram Tarcísio que, com os braços cruzados, parecia animado por uma força sobrenatural para poder resistir a um rapaz muito mais alto e maia forte do que ele, o qual queria ver o que Tarcísio levava no peito. Parecia que sua força, seus empurrões, ponta-pé, não produzissem algum efeito. O pobrezinho suportava tudo sem murmurar, sem a mínima tentativa de reação. Mas resistia corajosamente.

- “Mas o que é, de que se trata?”, perguntavam os presentes. Quando, por acaso, si viu passar por ali Fulvio e se ouviu um ajuntamento de curiosos em torno dos dois combatentes. Logo reconheceu Tarcísio, tendo-o visto na festa da administração das Ordens Sacras.

Quando algum do bando vendo-o vestido melhor que os outros, fez a mesma pergunta, respondeu em tom de desprezo, voltando-se a todos:

- “O que é? Não estão vendo? É um burro cristão que leva os Mistérios. Não há necessidade de mais nada”.

Fúlvio, que não queria perder a jogada tão mesquinha, soube bem o efeito que as suas palavras tinham produzido.

A curiosidade pagã de ver desvelados os Mistérios cristãos e a querer conduzir os ultrajes eram fomentados naquelas ações, e agora todos a uma voz pediram a Tarcísio para entregar o que tinha guardado.

- “Nunca, até eu esteja vivo”, foi a única resposta. Um operário lhe deu um tremendo soco, que o estonteou e o sangue começou a correr. Segui uma verdadeira tempestade de pancadas, até que pisado e maltratado, mas com os braços sempre apertando ao peito, o rapaz caiu por terra.

O bando foi contra ele, e houve quem, agarrando-o, estava já para tirar-lhe o tesouro, quando os assaltantes sentiram um empurrão à direita e à esquerda de dois poderosos braços.

Do grupo dos malvados, uns corriam até o final da praça, outros pulavam muros até caírem por terra, e os outros retrocederam na frente de um centurião de forma atlética, que foi a causa de uma rápida mudança da cena. Apenas tinham desocupado o terreno, ele se ajoelhou diante do jovenzinho e com os olhos cheios de lágrimas, levantou o corpo maltratado e desmaiado, com a ternura de uma mãe, e lhe pediu com a voz muito tenra:

- “Te fizeram muito mal, Tarcisio?”.

- “Não pense a mim, Quadrato”, disse o rapaz, abrindo os olhos e sorrindo – “eu carrego os Sagrados Mistério, tome aos teus cuidados”.

O soldado tomou o braço do rapaz com profunda reverência. Era como se levasse não só a doce vítima de um sacrifício jovem e as relíquias de um mártir, mas o mesmo Rei e Senhor dos Mártires e a mesma Divina Vitima da salvação eterna. O rapaz apoiou confiante a cabeça nos ombros do robusto soldado, sem diminuir um só instante o aperto fiel ao tesouro. O soldado não sentia peso algum do duplo fardo bendito.

Ninguém ousou impedir-lhe o passo, até que uma senhora foi ao encontro, olhando maravilhada. Foi bem perto e observou atentamente o rapaz que ele apertava entre os braços.

- “Não é possível! Exclamou aterrorizada – Este é o Tarcísio, o rapaz que vi há pouco, tão belo e gentil? Quem o reduziu a este estado?”.

- “Senhora, disse Quadrato – queriam matá-lo porque era cristão”. A mulher olhou um instante o semblante do jovenzinho, que abriu os olhos, sorriu e expirou. Daquele olhar emanou um raio de fé. E ela se fez logo cristã.

O venerável Dionísio, com os olhos velados de lágrimas, removeu as mãos do jovem e tirou o Santo dos Santos. Parecia a ele que agora Tarcísio se assemelhasse mais a um anjo, dormindo o sono dos mártires, não como antes, quando estava ainda vivo. Quadrato mesmo levou seu corpo mortal ao cemitério de Calisto, onde a vítima foi sepultada entre a admiração dos seus companheiros de fé mais velhos do que ele. Depois o S. Papa Damaso compôs uma inscrição:

Enquanto um criminoso grupo de fanáticos

se atirava sobre Tarcisio que levava a Eucaristia,

o jovem preferiu perder a vida antes

que deixar aos raivosos o Corpo de Cristo”,

para profaná-la.

A notícia de tudo o que aconteceu chegou aos prisioneiros somente depois do banquete.

Talvez o medo de serem privados do alimento espiritual que lhes daria força, foi o único motivo de perturbação, mesmo se leve, da serenidade deles. Naquele instante entrou Sebastião e se deu por conta que uma desagradável notícia havia chegado aos cristãos e percebeu do que se tratasse. Infundiu então coragem aqueles seguidores de Cristo. “E assegurou-lhes que não seriam privados do alimento suspirado”.

A sua festa é celebrada do dia 15 de agosto.

Ele foi enterrado no cemitério de Callixtus e suas relíquias foram reclamadas por São Silvestre. Mais tarde as relíquias do santo foram trasladadas para a Capela de Ângelo Custode em São Domenico Maggiore di Napoli, por ordem do Papa Inocêncio X, durante a guerra de 1646.
Alem disto existe uma relíquia do santo na Capela do Instituto S Tarcísio em Roma, Via Appia Antica, 102.

terça-feira, 16 de março de 2010

Reunião de Pais




REUNIÃO DE PAIS DE TODOS OS COROINHAS.

DIA: 19.03.2010
HORARIO: 19hs30min.
LOCA: SALÃO

Apresentação


Boa Noite!!
Este blog é para que todos os coroinhas da Comunidade São Lucas fiquem melhores informados sobre os diversos eventos que acontecerão ao decorrer deste ano de 2010, bem como - sempre que possivel - fazer downloads de arquivos de encontros anteriores.